Muito do pouco que escrevo vem de tudo que leio. Um dia meu pai chegou em casa e deu em minhas mãos adolescentes um livro de Drummond. Desse dia em diante descobri o que queria fazer, descobri o que era poesia e que eu realmente poderia escrever poesia. Com o passar dos anos, fui escrevendo compulsivamente. Ultimamente, não sei bem por que, mas esse dom me abandonou, estou tentando recuperá-lo. Acho que por força da profissão de professora em três turnos, fui me afastando de meu dom de escrever.
Mas tenho buscado e me forçado a escrever novamente, despertar a poeta adormecida, fazer valer o que Drummond, Quintana, Florbela, Rosa, Camões, Neruda, Cecília, Clarice, Saramago, e tanto outros me ensinaram.