segunda-feira, 28 de junho de 2010

TONTO CANTO MANCO

Que tanto
O tonto
Canto
Incômodo
Incomoda-me?

O canto
que conto
é um tanto incômodo
e tanto me incomoda
Paro e em pranto
não canto nem conto.

Nem manco,
Nem franco
O meu canto
é  tonto
e um tanto me incomoda.

Tudo

Tudo o que não sei
Será o que saberei.

Tudo que gostaria de saber
Nunca soube,
Talvez nunca saiba.

Será uma verdade ABSOLUTA?
Talvez uma verdade ABSURDA!!!

Que Vida

Ei, vida,
na ida 
me leva?

Ei, vida,
Na volta 
Me enrega?

Ei, vida,
que vida é essa?
Vida, idas e voltas,
E eu às margens do mundo!

Vera Prima

Prima
Rima com imã
Imã rima com irmã
Ve ra rima com era
E vira Primavera.

Ali do outro lado,
deste lado,
lá e cá o mundo cai
e a gente vai,
vai na poeria.
Levando nas costas
o mundo desabando
pelas encostas.
E a gente recostando o tempo.

terça-feira, 15 de junho de 2010

No nada


No meio do nada
me encontro a vagar
devagar passo e penso
que mundo sem graça!
O nada que há
no nada de ar
em torno de mim.
HEI, Mundo!
Nunca quis me chamar Raimundo,
mas ainda quero te entender!
Eh, Mundo,
terás tu solução?
Ou serás apenas uma ilusão
Utopia de Mundo Perfeito?
Lua nua
Tua pele voa
e nuas
viajam boca
e língua...
Corpo teu
tua eu
nua e crua.

OLHOS DE MAR AMAR

Olhos de mar
mareado de estrelas
sonhos ao luar
vidas no mar
lágrimas de amar.
Amar sem mar
sem mal
ao longe o mar
cidade de longe
longe sem mar
Onde tudo se esconde
sem mar, sem mal.

Sonhos


Em meus sonhos
viajo em personagens
que poderia ter sido
Em meus sonhos sou atriz
e por um triz
me desfaço, como desenho de giz
Meus sonhos são infinitos
Vôo morro ando corro
viagem sem destino
sigo sem tino
E acordo
Maravilhada.

FUGA


Escapo entre meus dedos
Quando será que vou me agarrar
Encotrar-me em mim.

RELAX


Solto meus pensamentos
busco no nada movimentos
Vôo sem asas
nas asas da loucura
me entrego sem rédeas.
Cavalgo em pensamentos
não penso em nada
sem rédeas
amarras
Relax
võo nas asas do vento.

Tempo Mundo Vida: Poesia

Caramba!
A perna bamba do mundo
Tombou de cima da barranca
Quebrou o bumbo do Tempo

O Tempo, coitado
Ficou descompassado
Caiu do dado da vida
Todo arrebentado

Caramba!
O Tempo levantou o bumbo
Pulou no mundo
E, juntos, voaram pela vida
Espalhando Poesia.

hai kai


Tudo ao mundo
No mudo Tempo
No curto Espaço
Do meu Pensamento

Palavras são sãs

Não sei onde fiquei, sei que fiquei, passei, fui, fugi de mim. Respostas não procuro mais. Mais do que isso, me questiono sobre coisas passadas, que não passam mais.
Olhar para trás, não mais. Disse o poeta: Pra frente é que se anda. Eu digo para trás não passa mais.
Coisas são assim, pessoas sãs. Eu, pessoa nefasta, pessoa que afasta, pessoa gasta, pessoa que pasta.
Pasta por esse mundo de palavras que voam, desgastam, envelhecem. Pasto palavras e coisas, sonhos e pesadelos, ascenções e quedas...
Eu passo e minhas palavras ficam, "em bom português", traçadas, escritas, escarradas, paridas, soltas em algum papel que o tempo leou, de um tempo em que eu me deixei para mais tarde me encontrar.
Em qualquer dessa palavras fica um pedaço da minha atmosfera insípida, inodora, sonsa e zonza.
Palavras são. E eu? Sou, ainda sã. em algumas dessas palavras me escondi, noutras me achei; em algumas perguntei,, noutras respondi; em algumas viajei, noutros ancorei e paratodas elas me entreguei.
Deixei que me levasse falassem pelas minhas mãos. E agora sei que elas me levam e me trazem, quando querem. Atormentam-me à noite, abandonam-me de dia.
Palavras são caprichosas, usam e abusam, mas amo ser abusada e abusar delas. Com elas sou mais do que imaginava poder ser. Sou e serei muito mais.
Palavras são, eu serei.

Desencontros

Um dia, o espelho me disse que eu não mais seria eu. Eu acreditei. Um dia a vida me disse tudo que eu já sabia. Eu acreditei. Um dia você me disse que eu tudo podia. Eu acreditei. Um dia, mas que dia? Tudo me fazia ver o que não queria. Olhei, não vi; escutei, não ouvi; busquei, não achei; perdi, não encontrei. Encotrar o quê? Se nada se pode achar nesse mundo, mundo confuso. Na confusão, embaralhei meus pensamentos e um dia, quem sabe, vem alguém que saiba dar as cartas melhor que eu. Cartas de Vida que teimam em se misturar e escapar do baralho do mundo. Ih! Embaralharam todas as idéias! Pára Caneta, não vê que o jogo acabou! Alguém bateu, não fui eu!!!

sexta-feira, 23 de abril de 2010

Escrever

Muito do pouco que escrevo vem de tudo que leio. Um dia meu pai chegou em casa e deu em minhas mãos adolescentes um livro de Drummond. Desse dia em diante descobri o que queria fazer, descobri o que era poesia e que eu realmente poderia escrever poesia. Com o passar dos anos, fui escrevendo compulsivamente. Ultimamente, não sei bem por que, mas esse dom me abandonou, estou tentando recuperá-lo. Acho que por força da profissão de professora em três turnos, fui me afastando de meu dom de escrever.
Mas tenho buscado e me forçado a escrever novamente, despertar a poeta adormecida, fazer valer o que Drummond, Quintana, Florbela, Rosa, Camões, Neruda, Cecília, Clarice, Saramago, e tanto outros me ensinaram.